Resumo histórico

O Portal das Memórias de África e do Oriente é um instrumento fundamental e pioneiro na tentativa de potenciar a memória histórica dos laços que unem Portugal e a Lusofonia, sendo deste modo uma ponte com o nosso passado comum na construção de um identidade colectiva aos povos de todos esses países.

O Projecto iniciado em 1997, na altura com o nome Memória de África, resulta de duas condicionantes principais:

  1. Por um lado os investigadores da realidade africana sentiam a necessidade de saber que publicações existiam sobre a África de língua oficial portuguesa e sobretudo a localização exacta de onde se encontravam tais acervos documentais.
  2. Por outro lado a Fundação Portugal África procurava apoiar e desenvolver projectos que prosseguissem os objectivos consagrados nos seus estatutos, designadamente afirmar-se como Fundação para esta área geográfica.

Da conjugação destas duas necessidades nasceu a ideia da construção de uma base de dados bibliográfica sobre os PALOP que envolvesse a componente localização geográfica, bem como descritores que permitissem uma melhor orientação da pesquisa.

Para a concretização deste objectivo foi, por iniciativa da Fundação Portugal-África, criado um consórcio constituído por:

Em finais de 2008, com a extensão do Projecto a outros destinos fora de África, numa fase inicial com Goa (Índia), o nome do Projecto muda para Memórias de África e do Oriente.

A base de dados de registos bibliográficos e a biblioteca digital alargam assim o seu âmbito.

A biblioteca digital

Em 2005 foi aceite pela Fundação Portugal-África e pelos parceiros que a continuam a executar o Projecto que para que as Memórias de África e do Oriente mantenham as expectativas criadas por parte dos utilizadores, teria de investir nos conteúdos digitais.

Os utilizadores da Internet de 1997, altura em que se deu início à recolha de registos bibliográficos, ficavam satisfeitos com a possibilidade de poderem pesquisar num ponto centralizado sobre o conteúdo de múltiplas bibliotecas e desta forma saberem "onde se encontravam as fontes" para os seus trabalhos de pesquisa. A pesquisa descentralizada era um trabalho inovador.

Com a evolução dos sistemas de informação e dos sistemas de comunicação entretanto ocorridas, os utilizadores hoje em dia esperam não só saber "onde se encontram as fontes" de informação mas também ter imediato "acesso às fontes", ou seja, ter acesso aos conteúdos na sua forma digital. Note que o termo ter "acesso às fontes" não implica necessariamente em ter "acesso gratuito às fontes".

A criação de uma biblioteca digital tem implicações diversas, como sejam: o custo de digitalização dos espólios relevantes das instituições ou a aquisição de obras em formato digital e, principalmente, gerir os problemas relacionados com os direitos de autor das obras.

A realidade de uma grande quantidade das obras que são referenciadas no Projecto é contudo muitas vezes diferente. Em muitos casos - nomeadamente quando falamos de edições de obras de países africanos - a sua tiragem é pequena, encontram-se esgotadas (não permitindo por isso a aquisição de uma cópia da obra), ou não possuem publicação internacional.Nestes casos, a digitalização e disponibilização pela Internt é a única forma possível de acesso à mesma.

À semelhança do ocorrido com a recolha dos registos bibliográficos, também o critério de escolha de quais as obras a digitalizar deve reger-se por princípios como, por exemplo, ser uma obra de grande procura e de difícil acesso. Devido aos elevados custos que esse processo acarreta, esta é a única forma de fazer com que a Biblioteca Digital continue a ser um instrumento de trabalho e de democratização no acesso à informação e não um mero repositório de conteúdos digitalizados.

O repositório resultante do processo de digitalização e disponibilização de obras é denominado Biblioteca Digital e pode ser consultado de modo livre.

O arquivo digital

Depois de se iniciar a digitalização de material bibliográfico para a biblioteca digital do projeto Memórias de África e do Oriente verificamos que muito material "não livro", em particular material fotográfico e postais estão disponíveis nas instituições.

Esse material apesar de poder ser digitalizado e visualizado como se de um livro se tratasse, tal como foi feito numa fase inicial com as fotografias, fichas e postais do Arquivo Histórico Nacional de São Tomé e Príncipe, perde no entanto todo o envolvimento que cada fotografia, ficha ou postal em si mesmo representa e perde ainda a possibilidade de recuperação histórica.

A construção de um módulo de arquivo tem como objetivo a digitalização, catalogação e a disponibilização de material de arquivo de acordo com as normas em vigor para este tipo de material, tal como realizado no catálogo no que ao material livro concerne. Para além desse objetivo básico, no material fotográfico pretendemos alargar a possibilidade à comunidade e à memória coletiva a possibilidade de identificação quer do local quer das pessoas de cada fotografia em particular.

Através do apelo à nossa memória coletiva ser-nos-á possível recuperar os factos e as pessoas e contribuir para o sentimento de pertença a um grupo de passado comum.

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